quarta-feira, 8 de setembro de 2010

 Síntese do Texto 02 - [SANTANA] J.R. As Tecnologias na perspectiva do ensino de ciências sociais e humanas. PRÉ-PRINT, 2009.

     
      O texto visa responder a questões sobre o uso da tecnologia no âmbito educacional, para isso o autor procura compreender suas diferentes concepções baseadas nos pensamentos de Granger, Lévy, Coli e Henri.

      Granger define tecnologia como um instrumento que uni técnicas e processos que interferem na vida humana ajudando-os a superar, a estender limites físicos que possibilitam a melhor qualidade e quantidade de armazenamento de informações, a divulgação das idéias internalizadas pelos homens.

      A idéia de virtualização é descrita por Lévy, para ele virtual é uma espécie de “não-realidade”, expressa a tecnologia como um processo contínuo de concepções ideais e materiais, ou seja, para entender as tecnologias do amanhã é preciso compreender as de hoje.

      Segundo a visão de Cole suas percepções estão relacionadas a mediações culturais, sendo os recursos tecnológicos, artefatos que carregam uma simbologia de relações entre os seres humanos permitindo-os uma interação com os saberes dos seus antepassados e de seus próximos.

      Henri possibilita através da engenharia pedagógica uma metodologia para o desenvolvimento de tecnologias na transmissão de saberes, essa concepção é destacada no texto sendo esses recursos uma ferramenta útil no formular de estratégias de meios pedagógicos.

      Por fim para a execução dessas concepções é preciso uma boa didática, o autor cita e exemplifica as etapas de metodologia da engenharia didática que baseada em esquemas experimentais é um tipo de pesquisa-ação, segundo Pais, este diz respeito ao trabalho do engenheiro que refere a concepção, planejamento e execução de um projeto.



Vídeos: Paulo Freire X Seymor Paper
O FUTURO DA ESCOLA




   Os vídeos mostram uma discussão sobre a inserção da tecnologia na transmissão do saber, entre o matemático norte- americano Seymor Paper , conhecido por sua metodologia de uso de computadores na educação  e o pedagogo brasileiro Paulo Freire, que destacou-se mundialmente por seu trabalho na área da educação popular voltada para a escolarização na formação da consciência.
Para Seymor, o uso da tecnologia dá consciência à criança sobre o que ela está aprendendo e possibilita também sua participação e interação nesse processo. Para ele, o ato de ensinar é hoje mais valorizado que o aprender; refletindo na escola, que, segundo Seymor, é um ambiente de segregação, onde a criança é limitada a aprender o que é proposto em um currículo pré-estabelecido. Para ele o que está errado na escola não são detalhes e sim os fundamentos.  Seymor utiliza os estágios da aprendizagem de Piaget para tentar justificar o uso da tecnologia no aprendizado; o primeiro estágio, que ocorre quando a criança nasce é o da exploração, da curiosidade, no qual a criança explora tudo a sua volta para tentar entender o mundo em que ela está inserida; o segundo, que é o experimental, dá-se quando ela ingressa na vida escolar e “deixa de aprender para ser ensinada”. Seymor enfatiza no seu discurso que a tecnologia é a melhor forma de adequar o triângulo: adulto, criança e saber; e surge com a função de contornar o segundo estágio.

       Já para Freire, a tecnologia pode ser um mecanismo de facilitação do saber, mas ainda é um privilégio de poucos. Segundo ele, a escola está sim péssima, mas não concorda com sua extinção. Propõe para sua melhoria uma mudança completa e radical. Fazer com que surja dessa atual uma nova escola com “um corpo que não faça correspondência a verdade tecnológica do mundo, um novo ser tão atual quanto a tecnologia”, que propicie ao indivíduo o incentivo de descobrir a razão de ser dos fatos e dos objetos do conhecimento


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